Nesta terça-feira (8), em reunião do Conselho Nacional de Educação, realizada em Brasília, a ANPG cobrou que o tempo que o período dedicado ao mestrado e doutorado seja computado para fins previdenciários dos pós-graduandos. A fala aconteceu na presença do ministro Camilo Santana, que considerou justa a demanda.
A reivindicação de direitos trabalhistas e previdenciários tem sido a principal pauta da ANPG, após a conquista do reajuste das bolsas de estudos. Em seu 18º Encontro Nacional de Jovens Cientistas, ocorrido durante a 75ª Reunião Anual da SBPC, a entidade lançou o dossiê Florestan Fernandes, estudo que revelou a condição dos pós-graduandos no mundo do trabalho atual. Ontem, um exemplar foi entregue ao ministro.
Para Vinicius Soares, criar políticas públicas que contemplem a situação híbrida desses estudantes-profissionais é urgente e fundamental para o desenvolvimento do país. “Trazemos aqui a reivindicação de que os anos dedicados ao mestrado e ao doutorado sejam contabilizados para fins previdenciários, porque, em média, são pelo menos 6 anos que o pós-graduandos trabalha pela ciência em seu projeto de pesquisa, mas fica prejudicado quanto aos direitos. Essa e outras políticas de valorização não são corporativas, são investimentos na ciência e no futuro do país”, afirmou.
Em tom de otimismo, Vinicius disse acreditar em um futuro positivo para o país. “Quero saudar esse espaço, porque em poucos meses percebemos uma união para a reconstrução do país valorizando a educação. Aqui está representado o futuro, na escola e na universidade. Sempre ouvimos que o Brasil tem muitas riquezas naturais, minérios, mas acreditamos que a principal riqueza é o povo brasileiro”, apontou.