Nesta terça-feira (05/11), em meio à Semana da Ciência e Tecnologia, a diretoria da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) tomou posse para a gestão 2024-2026. O ato político foi realizado no Museu Nacional de Brasília e contou com a presença de representantes do governo federal, reitores universitários e dirigentes de diversas entidades acadêmicas e científicas.
Embalados pelo lema da nova campanha nacional pelo reajuste de bolsas, os pós-graduandos assumem com a missão de lutar e conquistar um novo reajuste de bolsas e cesta de direitos trabalhistas e previdenciários para os pesquisadores. “Se a última gestão foi a que conquistou o reajuste, essa será a gestão que vai conquistar um novo reajuste e muitos outros direitos para os pós-graduandos, porque, como diz nossa campanha, “sobreviver não basta!”, afirmou Vinícius Soares, presidente reeleito da entidade.
Vinicius destacou a criação de APGs e o fortalecimento do movimento de pós-graduandos como uma importante vitória do último período. “Nessa história recente, os pós-graduandos têm sido protagonistas na defesa da soberania, da ciência, da democracia brasileira. No último período, conseguimos o enraizamento do movimento nacional de pós-graduandos, que é fruto da luta da ANPG e de toda a diretoria”, apontou.
Marca do fortalecimento institucional da entidade, a cerimônia de posse foi prestigiada por membros do poder executivo, representando a Secretaria Geral da Presidência, a Secretaria Nacional de Juventude, o CNPq e a Capes, dentre outros.
A professora Denise Pires de Carvalho, presidenta da CAPES, afirmou que há um compromisso do governo federal em buscar mecanismos para fortalecer o sistema de concessão de bolsas. “Estamos empenhados não só em aumentar os valores das bolsas, mas aumentar o número de bolsas de mestrado e doutorado., esse tem sido o nosso esforço”, disse.
“A ANPG tem muito a contribuir na tarefa desse nosso tempo, que é construir uma maioria social e política que consiga travar e enfrentar aquilo que nós temos chamado de cinco cavaleiros do Apocalipse, a morte, a guerra, a fome, a peste e a desinformação”, considerou Ronald Santos, membro da Secretaria Nacional de Participação Social da Secretaria Geral da Presidência.
A atuação da ANPG nas discussões sobre temas estratégicos para o desenvolvimento do país foi elogiada por dirigentes de entidades acadêmicas e científicas. “Não há discussão do governo ou no parlamento que não passe por esse fórum privilegiado. Associações como a ANPG servem também para opinar, criticar, para que a rota não se perca. Não há Brasil do futuro que não passe pela universidade e a formação de nossos jovens”, pontuou Fábio Guedes, dirigente da FAP-Alagoas e Secretário Executivo da Iniciativa para a Ciência no Parlamento.
Para o reitor Heron Bonadiman, reitor da federal do Vale do Jequitinhonha, representando a Andifes, “os pós-graduandos representam uma nova geração de pesquisadores e gestores públicos. Só podemos proporcionar o desenvolvimento e o acesso a ele com o conhecimento produzido pela pós-graduação”, disse.
Também estiveram presentes dirigentes das entidades estudantis irmãs UNE e UBES, além de outros movimentos sociais, como Conam, que também representava o Conselho Nacional de Saúde.