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Doutorado

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Nesta quarta-feira (24), em reunião no Ministério da Previdência Social, a ANPG e o Fórum de Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (FOPROP) debateram com o ministro Carlos Lupi uma proposta para que o tempo de dedicação à pesquisa de mestrandos e doutorandos seja contabilizado para efeitos de aposentadoria. A audiência foi solicitada por intermédio do deputado Valdenor Pereira.

Atualmente, devido à situação híbrida de estudante e trabalhador, os anos que os pós-graduandos dedicam à formação acadêmica são perdidos do ponto de vista da contribuição e dos direitos previdenciários.

Esse vácuo é muito prejudicial, já que o período dedicado até a titulação como doutor é, em média, de 6 anos, somados mestrado e doutorado. Ademais, como é cobrada dedicação exclusiva aos bolsistas, não é possível ter um emprego em paralelo para recolher a contribuição ao INSS.

A ideia foi bem recebida e um grupo de trabalho interministerial e com a participação das entidades deve ser criado para formatar uma proposta de política pública que contemple essa especificidade.

“Nós apresentamos a demanda de contabilizar o tempo que a gente passa no mestrado e doutorado para a Previdência. Agora, o INSS vai fazer um estudo e, em 30 dias, apresentar como pode ser a contagem. Também será criado um grupo envolvendo os ministérios da Previdência, do Trabalho, o MEC, o MCTI, além da ANPG e a FOPROP para que a gente possa discutir o melhor caminho para viabilizar essa conquista”, disse Vinicius Soares, ao fim da reunião.

A ANPG tem sido procurada por estudantes que se inscreveram no Programa Capes-Yale de Doutorado em Ciências Biomédicas, convênio destinado ao intercâmbio de brasileiros na universidade norte-americana, para denunciar o descumprimento das regras estabelecidas e o corte de 90% das bolsas previstas pela agência federal.

No edital 20/2019, a Capes se compromete a custear 10 bolsas de estudos, durante um período de até 6 anos, no valor de U$ 3.045, 83 mensais, além de passagens áreas, auxílio para a instalação dos estudantes selecionados e seguro-saúde.

Porém, segundo os relatos, após a seleção dos 10 classificados pela Universidade de Yale, as disposições foram descumpridas pela Capes, que atrasou a divulgação dos nomes e, quando o fez, contemplou apenas uma das bolsas previstas, sem fornecer qualquer explicação aos selecionados.

Em nota, a Capes afirma que não houve corte de bolsas, mas sim uma “readequação” em razão da pandemia de Covid-19, que alterou os calendários das universidades, e de problemas orçamentários agravados pela alta do dólar. “A CAPES informa que as ações de implementação de bolsas de programas internacionais estão condicionadas ao retorno à normalidade das atividades das universidades de destino dos brasileiros. A medida não significa cancelamento de qualquer iniciativa, mas apenas o seu adiamento ou a readequação dos programas, em conformidade com a nova realidade mundial, incluindo questões de ordem orçamentária.”

A estudante Ilze Mari Olivi Gomes, que faz mestrado em genética na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, foi uma das selecionadas do programa não contempladas com a bolsa. Ela critica o descaso da Capes quanto ao edital. “Temos informação de que até mesmo o presidente da Universidade de Yale enviou uma carta solicitando a manutenção dos 10 alunos selecionados, mas o presidente da Capes não manifestou qualquer reação”, diz.

Ilze aponta que não fazem sentido as alegações do presidente da Capes para justificar o corte e diz que outros processos seletivos internacionais transcorreram normalmente. “A Universidade de Yale irá receber os alunos somente em agosto de 2021. Logo, por que usar a pandemia como desculpa?”. Quanto a restrições financeiras, a estudante denuncia que a agência utilizou apenas um terço de suas verbas até agora. “Consta que a Capes utilizou 1 bilhão do orçamento de 3 bilhões previsto para esse ano. Outros editais, com orçamentos superiores ao nosso, não tiveram cortes dessa proporção. O último edital para pós-graduação na Alemanha, que foi lançado o resultado na semana passada, contemplando 15 bolsas das 15 bolsas prometidas, que vão até 3,1 mil euros”, afirma.

O maranhense Lucas Weba Soares, mestre em genética e biologia molecular pela Universidade Federal de Goiás (UFG), passou na seleção de Yale em 5º lugar e abriu mão de uma bolsa de doutorado na perspectiva de ser chamado. Agora, vive a incerteza decorrente do corte. “Não tem justificativa alguma a “readequação” de 90% desse processo, levando em consideração que pelo menos outros 3 processos seletivos internacionais finalizados no mesmo período não sofreram tal readequação”, diz.

Lucas levou o caso Capes-Yale ao conhecimento da Assembleia Legislativa do Maranhão, seu estado natal, na expectativa que a pressão política faça a agência rever a decisão. Conseguiu o apoio do deputado estadual Duarte Junior, que enviou um pedido de reconsideração a Benedito Guimarães, presidente da Capes. Ele mantém as esperanças. “A perspectiva é rir de tudo isso no ano que vem, em Yale, com todos os demais 10 selecionados e fazer o que eu amo, em um ambiente inacreditável para ganho de conhecimento”.

O descumprimento dos editais também gerou reação no Congresso Nacional. A deputada Tábata Amaral já protocolou um requerimento de informações ao Ministério da Educação sobre o caso Capes-Yale e outros concursos cujas bolsas não foram disponibilizadas. “Houve uma baixa na quantidade de bolsas efetivamente disponibilizadas nos editais de números 17/2019, 20/2019 e 26/2019, o que não se aproxima ao que estava previsto nos respectivos editais”, aponta o documento, que solicita ainda “esclarecimentos quanto aos critérios de diminuição tão brusca de bolsas por edital, bem como gostaríamos de entender qual será o destino do recurso restante e que estava previsto para as bolsas”.

A ANPG, através do ofício 14/2020, também solicitou informações sobre o corte no programa e pediu uma reunião com a Capes para tratar da pauta. Rai Campos Silva, doutorando em Química pela USP e diretor da entidade, diz que a medida deixa a pós-graduação brasileira em situação cada vez mais dramática e vai na direção oposta às práticas internacionais. “Governos do mundo inteiro declaram guerra à grave crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, estão investindo parcelas significativas de seus PIBs na ciência e fortalecendo colaborações científicas internacionais, enquanto o Brasil segue na contramão, sem investir no combate à pandemia”.

Segundo Rai, o MEC atravessa uma crise permanente, fruto da subestimação do governo com o setor. “A grave crise política e institucional pela qual passa o Ministério da Educação indica falta de responsabilidade e projeto para uma área tão importante para qualquer sociedade, como a Educação e Ciência. A extinção do Programa Nacional de Pós-Doutorado [o PNPD tem passado por um processo de esvaziamento neste governo] e remanejamento de recurso da área de internacionalização da ciência apontam para consequências devastadoras e um cenário desolador”.

“Portanto, é preciso que o MEC recomponha os recursos contingenciados da Capes e a agência cumpra o compromisso de implementação das bolsas originalmente previstas nos editais e garanta aos pós-graduandos selecionados a mobilidade internacional para o desenvolvimento de suas pesquisas”, finaliza o diretor da ANPG.

O doutorado é uma titulação que exige mais do que outras pós-graduações como; mestrado, MBA ou especialização. No entanto, um curso de doutorado vai muito além da obtenção do diploma de doutor em determinada área. Vamos te explicar neste artigo como o doutorado funciona, em quais situações ele é uma pós vantajosa e também os benefícios que ele traz a quem o conclui.

Como o doutorado funciona?

O curso oferece um conhecimento extremamente aprofundado e ainda dá ferramentas para que o aluno desenvolva coisas novas. É nessa fase em que  o pesquisador se encontra mais maduro e apto para conduzir seus projetos com mais independência.

Ele é voltado para quem quer desenvolver conhecimento científico, inovação e tecnologia. Também para aqueles que desejam lecionar em universidades, sendo portanto, um intelectual altamente capacitado e especializado.

No mestrado, que normalmente foi feito anteriormente ao doutorado, o aluno teve contato com os caminhos teóricos e as principais produções intelectuais de sua área de pesquisa. No doutorado, por sua vez, o profissional deve apresentar conhecimentos inovadores adicionando mais conhecimento ao que será discutido na academia.

Quanto tempo dura um curso de doutorado?

O curso dura de 4 a 5 anos e possui uma carga horária bem reduzida nas salas de aula. Entretanto a maior parte do trabalho é feito em casa e isoladamente. Este consiste majoritariamente na leitura dos textos, pesquisa e dissertação da tese.

Como é o processo para entrar no doutorado?

Apesar de ser raro, alguns profissionais acabam entrando para o doutorado sem passar pelo mestrado. Mas são ocasiões mais isoladas, já que as próprias instituições não costumam aceitar.

Em parte isso acontece devido ao principal requisito. O aluno deve apresentar logo no começo uma tese original que será desenvolvida no doutoramento, além de contar também com um orientador. Isso pressupõe uma grande intimidade com a pesquisa acadêmica e maturidade para conduzir os estudos.

Entre os requisitos para o doutorado estão: ter um currículo exemplar mostrando claro interesse em seu objeto de pesquisa, além de comprovar ser um exímio pesquisador. Também é necessário comprovar proficiência em pelo menos dois idiomas fora sua língua mãe. Isso pode ser comprovado através de certificados ou provas aplicadas na instituição.

Como saber se o doutorado é indicado para você?

Não adianta fazer um doutorado apenas para ter o título de doutor. Esse é um curso muito aprofundado, complexo e que tomará grande parte do seu tempo, talvez até impedindo que você continue a trabalhar fora da pesquisa.

  • Determinação e foco

Essas são duas palavrinhas essenciais e que irão te acompanhar ao longo do curso. Afinal, você passará, no mínimo, quatro anos lendo sobre o mesmo assunto. Por isso é essencial que você realmente goste de sua pesquisa e tenha interesse em desenvolvê-la mais ainda pelos próximos anos.

  • Aptidão para a ciência

Se você logo no mestrado teve ideias originais sobre o tema e quer apresentá-las ao mundo, ou se quer lançar uma nova perspectiva sobre o seu objeto de pesquisa, então o doutorado é o curso certo para você.

  • Visa lecionar

Todas as universidades devem ter em sua maioria do corpo docente, professores doutores. Tendo a titulação, é mais fácil se destacar nos processos seletivos e conseguir a cadeira na faculdade pretendida

Como é o trabalho de conclusão?

O trabalho final que será avaliado é a tese. Ela é submetida a uma banca examinadora e deve conter um ponto de vista inédito, que também contribua para o avanço do conhecimento. O pós-graduando é submetido a uma sabatina por especialistas da banca. Se aprovado, o aluno recebe o título de doutor.

Por que fazer um doutorado?

Além das vantagens claras apresentadas anteriormente, algumas oportunidades são mais viáveis dentro de um doutorado, são elas:

  • Oportunidades de intercâmbio

Muitas universidades, sobretudo as públicas, oferece intercâmbios para que o pesquisador passe um tempo no exterior, são os chamados “bolsas sanduíches”. Além de morar alguns anos no exterior, você ainda irá receber uma ajuda de custo e poder ter novas vivências e entrar em contato com pessoas de outros países que estão desenvolvendo projetos semelhantes ao seu.

  • Aumento salarial

De acordo com o estudo Mestre e Doutores, realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTIC) os doutores ganham em média, por mês, R$ 13.861,00 isso é bem mais que média daqueles que não possuem pós-graduação, que é de R$ 2.449,00.

  • Desenvolver o pensamento crítico

Todo estudo desenvolve a capacidade analítica e intelectual do ser humano, formando pessoas com uma compreensão de mundo mais apurada e ampla. Com o doutorado é a mesma coisa, ele abre a visão para novas perspectivas e ideias.

  • Melhorar o domínio em línguas estrangeiras

Ao entrar em contato com, no mínimo, 2 idiomas estrangeiros, o profissional tem a oportunidade de desenvolver cada vez mais o domínio no idioma. Isso é ainda mais relevante caso o doutorado inclua intercâmbio para fora do país.

O governo incentivava o doutoramento

Um estudo foi feito em 2010 pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o chamado “Doutores 2010” e mostrou que existia no Brasil menos de dois doutores para cada mil habitantes. Essa proporção era muito baixa se comparada com países desenvolvidos, como Canadá (6,5), EUA (8,4), Alemanha (15,4) e Suíça (23).

Por esse motivo, uma meta do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2011-2020 era o de duplicar o número de doutores para que o Brasil viesse a exercer um papel de maior destaque na produção global do conhecimento científico e no desenvolvimento de tecnologia de ponta. Para aumentar esse índice foi distribuída mais bolsas de doutorado. Entretanto atualmente, no ano de 2019,  as bolsas tem sofrido vários ataques do governo atual e sido drasticamente cortadas, como vemos nos noticiários.

Doutorado sanduíche é conhecido por ser a principal oportunidade aos alunos de doutorado de cursar parte dos estudos fora do país. Esse programa de doutorado consiste em disponibilizar bolsas de estudos em universidades  fora do Brasil, que tenham convênio com o programa de bolsas.

Qual a finalidade do Doutorado Sanduíche e o que ele é?

As bolsas de pesquisa no exterior são oferecidas pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que criou o programa para auxiliar os estudantes de doutorado a terem oportunidades de estágios fora do Brasil e também de pesquisa.

O principal objetivo deste programa é incentivar pesquisas de outros níveis de conhecimentos que não estão consolidados aqui no Brasil, assim como complementar os esforços despendidos pelos programas de pós-graduação no Brasil, buscando a formação de docentes e pesquisadores de alto nível para sua inserção no meio acadêmico e de pesquisa no país.

Os destinos disponibilizados pela CAPES e que compõe o regulamento do programa Doutorado Sanduíche são:

  • Alemanha
  • Argentina
  • Áustria
  • Canadá
  • Colômbia
  • Cuba
  • Espanha
  • Estados Unidos
  • França
  • Israel
  • Itália
  • Japão
  • Noruega
  • Países baixos
  • Portugal
  • Reino Unido
  • Suécia
  • Uruguai

O programa tem duração total de 4 a 12 meses. Sendo a maior parte dos estudos realizados no Brasil e o restante na instituição no exterior.

Fora do país, o aluno deve estar acompanhado de um professor orientador estrangeiro e possuirá bolsa auxílio. Entretanto, a tese final deve ser defendida no Brasil.

A bolsa destina-se a doutorandos do Brasil que tenham comprovado desempenho acadêmico e que necessitem desenvolver parte da pesquisa relacionada a seus trabalhos de tese, no exterior.

Quais são as condições para o doutorando poder participar?

  • O aluno deve estar regularmente matriculado em programa de doutorado no Brasil vinculado a projetos aprovados no âmbito dos programas de cooperação internacional da Coordenação-Geral de Cooperação Internacional da CAPES;
  • não ultrapassar 48 meses no período total do doutorado, devendo o tempo de permanência no exterior ser previsto de modo a restarem, no mínimo, seis meses no Brasil, para a redação final e defesa da tese;
  • ter completado um número de créditos igual ou superior a 50% dos necessários à obtenção do título.

Como se candidatar?

Vários documentos são necessários para que o aluno possa se candidatar à bolsa sanduíche. O interessado deve enviar sua inscrição  durante a vigência do projeto a que está vinculado e com 90 dias de antecedência da data de início da bolsa.

  • Formulário de Inscrição para Bolsa de Doutorado Sanduíche no Exterior;
  • Projeto de tese a ser elaborado segundo as orientações do item 4.1;
  • Curriculum vitae (modelo lattes);
  • Histórico escolar da graduação, da pós-graduação, incluindo do doutorado em andamento;
  • Curriculum vitae do orientador associado/supervisor no exterior;
  • Declaração da coordenação do programa de pós-graduação no Brasil indicando a integralização de, no mínimo, 70% dos créditos no doutorado;
  • Declaração do orientador brasileiro, indicando a instituição no exterior e o período.
  • Carta de aceitação do orientador francês, indicando o período;
  • Carta da pró-reitoria de pós-graduação concordando com o estágio no exterior;
  • Modelo de apresentação de candidatos à bolsa no exterior;
  • Comprovante de proficiência na língua do país onde irá realizar o estágio, como requisito para a obtenção da bolsa.

Como é o processo seletivo?

Composta de etapas eliminatórias, o processo seletivo tem algumas fases. Primeiramente a análise de toda a documentação solicitada, analise do mérito da proposta e do proponente e a pertinência da proposição no contexto do projeto a que está vinculado.

E finalmente a homologação final pelo Coordenador-Geral de Cooperação Internacional, levando em consideração as normas gerais, a política de cooperação internacional e a disponibilidade orçamentário-financeira.

Quais benefícios o doutorando recebe?

  • Bolsa

A mensalidade a ser recebida é de € 1.100 (um mil e cem euro), independentemente da situação familiar e/ou salarial do beneficiário. As mensalidades serão creditadas em conta bancária no exterior a ser informada pelo beneficiário, com exceção da primeira paga no Brasil.

Vale lembrar que o pesquisador não pode acumular outro benefício. Assim sendo, se já estiver recebendo bolsa auxílio brasileira deve pedir a suspensão desta enquanto estiver no exterior.

  • Passagem aérea

O beneficiário receberá passagem aérea de ida e de volta, em classe econômica e tarifa promocional. A reserva deve ser comunicada a CGCI, tão logo providenciada pelo bolsista junto a SPHAERA Turismo – Agência CAPES

  • Seguro-saúde

A CAPES pagará € 70 (setenta euro) por mês, a título de seguro-saúde nos países que não ofereçam este tipo de cobertura, em uma única parcela, no Brasil.

  • Auxílio-Instalação

Para estadas superiores a quatro meses, a CAPES pagará € 100 (cem euro) por mês, a título de auxílio-instalação, em uma única parcela, no Brasil.

Documentos necessários para a implementação da bolsa

Uma vez selecionado, o candidato deve apresentar toda a documentação solicitada em até sessenta dias após comunicado da CAPES.

  • termo de compromisso com a CAPES, onde o beneficiário compromete-se formalmente, a retornar ao país após a conclusão das atividades no exterior, dentro dos prazos estabelecidos;
  • dados da reserva de passagem aérea, em classe econômica e tarifa promocional;
  • dados bancários no país para os pagamentos que serão realizados no Brasil; · comprovante válido de proficiência no idioma do país de destino

Contatos que serão úteis caso você tenha dúvidas sobre o doutorado sanduíche:

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 A Associação Nacional De Pós-Graduandos (ANPG) vem por meio deste externar os encaminhamentos e orientações acerca do Programa de Doutorado Sanduíche (PDSE) 47/2017 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.
Por ser interesse de nossa base de representação, desde o diagnóstico das problemáticas do edital, buscamos de forma incessante diálogo com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da agência por entendermos que os termos dispostos no edital não colocavam em condições de isonomia todos os doutorandos candidatos e não consideravam o atual perfil de proficiência e socioeconômico dos pós-graduandos no Brasil.
No dia ontem, 13 de agosto, a ANPG se reuniu mais uma vez com a DRI para discutir os termos do PDSE. Na reunião ficou acordado que:
1) Haverá flexibilização da proficiência para todos os idiomas. Nesse caso, os pós-graduandos que não atingirem a pontuação mínima exigida e comprovando que é a última oportunidade de participar do PDSE, poderá apresentar a carta de aceite da universidade alegando que é suficiente para exercício de suas atividades no exterior;
2) A carta de aceite deverá ser assinada pelo chefe da unidade, de centro ou superior;
3) O novo teste de proficiência, no caso de todos os idiomas, para alcance da pontuação exigida inicialmente poderá ser apresentada até o final da concessão da bolsa do PDSE. Medida que contempla o caso do calendário fixo do Dele (proficiência em espanhol)
4) Sobre a devolução das bolsas caso o estudante não atinja a proficiência exigida (79 Toefl IBT, 550 Toefl ITP, B1 para alemão e B2 para os demais idiomas) as negociações permanecerão para que outras soluções possam ser encontradas.
A ANPG entende que embora não seja o cenário ideal, esses encaminhamentos são resolutivos para parcela dos doutorandos que estão pleiteando a bolsa no edital. Entretanto, em épocas de globalização e internacionalização da Ciência, temos o entendimento que é preciso romper com barreiras e democratizar o acesso as oportunidades de intercâmbio científico e cultural. Nesse sentido, a ANPG continuará sua incessante luta em defesa dos pós-graduandos e ciência brasileira, travando o debate sobre qual projeto de internacionalização queremos para a ciência brasileira.

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No dia 11 de abril o secretário-geral da ANPG, Vinícius Soares, esteve em Brasília, na sede da Capes, para uma reunião com a Diretoria de Relações Internacionais. Participaram do encontro a professora Connie McManus, diretora de Relações Internacionais, Cynthia Sandes, assessora técnica da DRI, e Marilene Maria, Coordenação-Geral de Bolsas e Projetos (CGBP). Soares também estava junto com a doutoranda Ângela Arndt, do Programa de Pós-Graduação da Universidade Católica de Brasília, que integra um grupo de 880 doutorandos que escreveram e assinaram um abaixo-assinado para a CAPES sobre os problemas do edital deDoutorado Sanduíche. A ANPG intermediou o contato entre os estudantes e o órgão federal.
Os pedidos de considerações eram três. O primeiro deles era a sobre a exigência dos doutorandos estarem no Brasil com no mínimo seis meses de antecedência da defesa da tese. “Sobre esse ponto a CAPES informou que esta foi uma reivindicação do conjunto dos programas de pós-graduação, pois muitos doutorandos que viajavam para o exterior voltavam perto da defesa da tese e pediam prorrogação. Além disso, os doutorandos não tinham tempo hábil para compartilharem o conhecimento adquirido no exterior com o seu grupo de pesquisa e com o corpo discente e docente do programa”, explicou o secretário da entidade.
O segundo ponto era sobre a exigência de proeficiência da língua inglesa para os doutorandos que estão aplicando para Portugal. “Sobre este item, a CAPES informou que esta é uma reivindicação das instituições portuguesas que alegaram que muitas atividades e aulas são dadas em inglês”, disse Soares.
A terceira pauta da reunião era sobre a diminuição do score da proficiência pedido pela CAPES no edital. A ANPG verificou que a pontuação está mais alta que os pedidos pelas instituições internacionais. Um dos exemplos é a o Programa Fulbright de bolsas de estudo (Fulbright Fellowships e Fulbright Scholarships), patrocinado pelo Bureau of Educational and Cultural Affairs do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América, que cobra proficiência em inglês comprovada com TOEFL IBT (mínimo 71) ou ITP (mínimo 527) realizados após 1 de agosto de 2016. E a CAPES está cobrando 79 para o IBT e 550 para ITP. É importante ressaltar que essa pontuação da Fullbright faz parte dos requisitos que a comissão pede para doutarado sanduíche nos EUA, a partir do edital de 2016 (veja aqui http://fulbright.org.br/edital/doutorado-sanduiche-nos-eua-2/)
“Pedimos que a CAPES reavaliasse essa pontuação. A equipe ficou de reavaliar este ponto brevemente e passar uma posição para ANPG”, contou Soares.  A professora Connie também acrescentou no final da reunião que desde os meados de 2016 a Capes está discutindo a internacionalização da pós-graduação brasileira por meio do Fórum de Pró-reitores de Pós-Graduação (Forprop). “O resultado desses esforços levou ao lançamento do edital CAPES-print que disponibilizará R$ 300 milhões anuais para apoio a Projetos Institucionais de Internacionalização, com previsão de seleção de 40 projetos”, contou a diretora.
O departamento de Relações Internacionais ainda salientou que dentro do âmbito da dicussão da internacionalização está a previsão da exigência de teste de proficiência em língua inglesa, como o Toefl, para seleção de doutorados com nível 06 e 07. Esse tópico ainda está sendo debatido internamente com a CAPES. “Nós da ANPG  estamos à disposição para discutir  esse item junto com o Deparamento de Programas e Bolsas no país. Entendemos que esse debate interessa a nossa base de representação e que medidas como esta devem levar em conta entre outros fatores, o perfil socio-econômico dos pós-graduandos brasileiros, tendo em vista que estes testes são caros e precisam ser renovados a cada dois anos, por exemplo”, finalizou Soares.
 

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Quem pensa que o resultado das teses de mestrado ou doutorado precisa ser sempre “sisudo” está enganado. Cada vez mais incentivado pelas revistas científicas pelo mundo e até mesmo pelos orientadores a ciência precisa se conectar com a sociedade civil e, para isso, explicações mais lúdicas sobre os resultados do trabalho são bem vindas.
Um desses incentivos é o  Dance Your PhD, uma inusitada competição promovida pela revista Science e uma pernambucana foi a única brasileira finalista do concurso.
Natalia Oliveira, doutora pela Universidade Federal de Pernambuco, gravou, em parceria com o grupo Vogue 4 Recife, uma performance no melhor estilo CSI. O vídeo é baseado na tese “Desenvolvimento de Biossensores para as Ciências Forenses”.
A competição da Science é aberta ao voto do público. Para votar em Natália, seus fãs devem acessar o link: https://goo.gl/bGCFcN.
A ANPG conversou com Natália no dia que ela recebeu a notícia. Confira o bate papo a seguir:
ANPG – Como surgiu a ideia de participar do concurso?
A ideia de participar do curso veio através de um pesquisador do laboratório onde eu fazia a  pesquisa do doutorado, o Prof. Jones Albuquerque. Ele que me incentivou a participar da competição por saber que eu tinha um envolvimento aprofundado com artes, em especial o teatro e, mais recentemente, a dança.
ANPG – Como você recebeu a notícia de ter sido a única selecionada?
Eu soube através de um amigo que eu tinha sido selecionada pra final do concurso. Foi uma surpresa e uma honra enorme. Eu e minha companhia de dança, a Vogue 4 Recife, nos sentimos muito felizes em representar mundialmente o Brasil na competição, bem como os artistas e cientistas brasileiros.
ANPG – Quando você contou para o seu orientador do seu vídeo qual foi a reação?
Ah, foi a melhor possível! Meu orientador inclusive nos ajudou muito nas gravações, concedendo que nós gravássemos no laboratório do LIKA, da UFPE, que é onde eu fiz o meu doutorado. Ele sempre me incentivou a buscar novas formas de praticar a pesquisa acadêmica e essa oportunidade não poderia ter sido mais perfeita.
ANPG – Você chegou a ver outros vídeos. O que achou?
Vi sim. São produções muito boas e muito criativas, que me ensinaram bastante sobre temas que nunca tinha ouvido falar. Mas creio que nós também temos chances de levar o prêmio, por usar de uma narrativa do tipo conto para ilustrar como é ocorre a aplicação da ciência no cotidiano, que foi o nosso diferencial, quando comparado aos outros candidatos.
 
ANPG –  Você fez o roteiro? Conte um pouco sobre como foi a produção.
A concepção e a direção geral foram minhas, mas a produção de roteiro, bem como todo o restante da produção do vídeo foi feita pela Vogue 4 Recife e pelo cineasta William Oliveira, que foi o nosso diretor de fotografia e editor. Nós contamos com a parceria da dupla Eu e a Duplicata, que criaram uma música exclusiva para o vídeo e com a artista de música eletrônica GA31. A produção do roteiro, bem como o desenvolvimento da coreografia e as decisões dos locais de gravação levaram uns dois meses, mas a gravação do vídeo.
https://www.youtube.com/watch?v=juP2YjZBn0c

Dados oficiais coletados no site do CNPq demonstram que foram pagas em julho de 2017 45% menos bolsas de mestrado e doutorado em relação a 2015. As aplicações das políticas de ajuste fiscal no Brasil estão eliminando milhões de reais de investimento em Ciência e Tecnologia e colocam sob o risco de desintegração do atual sistema de pós-graduação brasileiro.
CNPq já está cortando bolsas
De acordo com os dados do site oficial do CNPq (veja abaixo) o governo federal em julho deste ano já está pagando 20.935 bolsas a menos de doutorado e mestrado.

De acordo com esses dados o CNPq está pagando 45% menos bolsas de mestrado e doutorado em 2017 em relação ao total de bolsas pagas em 2015, nessas modalidades. Nos dados totais o CNPq pagou, até 27 de julho de 2017, 49,29% menos bolsas em todas as modalidades (incluindo bolsas de Iniciação Científica, Doutorado, Mestrado, Produtividade em Pesquisa dentre outras).
Os dados para o ano de 2017 coletados no site do CNPq se referem ao conjunto total de bolsas ativas, ou seja, que estão atualmente em vigência e sendo pagas aos estudantes na data de 27 de julho de 2017. Os dados para o ano de 2015 e 2014, de acordo com os dados do próprio CNPq, são referentes ao conjunto de bolsas pagas no total de cada um desses anos. Ou seja, os dados se referem ao número de bolsas e não ao número de estudantes beneficiados, pois, uma bolsa pode ser paga parte do ano para um estudante e outra parte do ano para outro estudante.
Por isso, pode haver uma disparidade na comparação em virtude bolsas alocada para os programas de pós-graduação que não tenham sido na data de 27 de julho – temporariamente – destinadas para alguns pós-graduandos. O CNPq chama essas bolsas concedidas, mas não pagas, de “bolsas ociosas”. Apesar de não desprezível essa variação não deve ser superior a 10% do volume total de bolsas atualmente pagas, se levarmos em conta os dados de bolsas ociosas em março de 2016.
No site do CNPq não há dados sobre o total das bolsas pagas no ano de 2016.
Corte silencioso de bolsas

O corte de bolsas no CNPq está sendo feito de forma silenciosa pelo Governo Federal. O método usado é o seguinte: o governo não renova a concessão da bolsa para um programa de pesquisa depois que estudante que atualmente recebe ela defende sua tese ou dissertação. Assim, a bolsa “morre” quando o estudante que atualmente recebe ela conclui o seu curso e não é repassada para um novo estudante, como era feito nos anos anteriores.
Isto vem provocando o paulatino decréscimo das bolsas pagas para os estudantes com o passar do tempo. A diminuição está diretamente relacionada com o corte de 44% do orçamento para Ciência e Tecnologia executada pelo governo golpista de Temer neste ano.
Um futuro tenebroso
Mesmo com esses cortes silenciosos de bolsa no dia 26 de julho deste ano o jornal O Globo publicou nota em que afirma que o governo terá dificuldades em pagar as bolsas do CNPq até o final do ano! (fonte: http://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/corda-no-pescoco-nas-bolsas-cnpq.html )
Na verdade, com a aprovação da PEC 55, que se tornou a Emenda Constitucional 95 em 15 de dezembro de 2016, o governo federal institui o “Novo Regime Fiscal” que dentre outras coisas limita por 20 anos os gastos sociais do governo (incluindo com Ciência Tecnologia) ao limite máximo do gasto do ano anterior adicionado a inflação do período.
Está medida é inédita no mundo. Nenhum governo institui um ajuste fiscal com duração de 20 anos! A medida é absolutamente escabrosa e na verdade, como demonstra o corte de 44% do MCTIC no ano de 2017, vai resultar em uma brutal diminuição do orçamento social do governo.
No caso da C&T isso significa concretamente a desintegração do sistema de pós-graduação nacional. Pois, os pós-graduandos – peça chave no sistema – em grande proporção dependem do pagamento de bolsas para realizar seus estudos. Sem o pagamento de bolsas já se nota no Rio de Janeiro, exemplo mais grave da situação nacional, uma grande evasão de estudantes e a consequente paralisação de pesquisas.
A organização e a luta necessária
A ANPG convoca todos os pós-graduandos para seu calendário de lutas no 2° semestre de 2017, decidido em sua última reunião de diretoria plena no dia 17 de julho na cidade de Belo Horizonte. No dia 17/8 haverá manifestações unitárias das entidades estudantis nas capitais brasileiras e na segunda quinzena de outubro de 2017 uma reunião de representantes das Associações de Pós-Graduandos de todo o país.
Por é vital que nossa categoria organize manifestações de pós-graduandos em suas universidades em 17 de agosto na Jornada de Lutas Estudantil e discutam em suas APGs o envio de representantes à reunião do Conselho Nacional de APGs em outubro. A reunião será aberta também para os estudantes de universidades que ainda não tenham uma APGs mas que constituam reuniões de Comissões Pró-APG. Essa é uma organização necessária para os pós-graduandos sem o que não podemos encaminhar a luta contra o futuro tenebroso que os rumos atuais do país reservam para a Ciência e Tecnologia.

Cristiano Junta, vice-presidente da ANPG

*As opiniões aqui reproduzidas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da entidade.

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meia-entrada é um direito dos estudantes, mas é necessário soicitar o seu DNE para garantir esse direito.

Muito já conversei com colegas pós-graduandos de diversas universidades sobre a “honestidade”, ou se preferirem a “lisura”, dos processos de seleção para os cursos de mestrado e doutorado (e ordenamento para concessão de bolsas) nos programas de pós-graduação no Brasil.  Pululam em várias dessas conversas suspeitas sobre a lisura desses processos. Então, penso que cabe a pergunta: são honestos esses processos de seleção? Confira a discussão sobre essa questão perturbante, a partir de alguns fatos recentes, neste artigo.

Um caso recente na UFF
No dia 20 de setembro de 2016 uma relatoria da Defensoria Pública da União no Estado do Rio de Janeiro concedida em virtude de um Procedimento de Assistência Jurídica (PAJ) requisitado por um estudante de pós-graduandos do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense constatou:
IMAGEM-1A motivação dessa constatação, explica o parecer, é que um dos candidatos no processo seletivo ao Doutorado teria sido favorecido no processo. Os fatos, segundo explica o parecer, são que essa pessoa teria perdido a prova escrita e ainda assim foi a única aprovada no processo, enquanto os demais candidatos – que compareceram a prova escrita – foram reprovados!
Eu sei, parece uma piada. Mas não é.
A DPU/RJ enviou um ofício ao Instituto de Física da UFF pedindo explicações sobre o processo. Este respondeu ao DPU/RJ que a pessoa aprovada no processo de fato faltou a prova (sic!) mas que ela teria pedido o aproveitamento da nota da prova escrita do processo seletivo do mestrado e o PPG lhe teria concedido isto. Detalhe:
IMAGEM-2Pode isso Arnaldo? Com razão a DPU/RJ constata no seu relatório:
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Sejamos justos. Há uma resolução de 21 de outubro de 2008 deste PPG que prevê a possibilidade de reaproveitamento de notas nesses casos. Porém, o relatório da PAJ evidência que:
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É de se perguntar se todos os inscritos no processo seletivo conheciam essa decisão de 2008. Mas, vejam vocês, que além disso, o relatório da DPU/RJ constata a violação do princípio da publicidade, pois:
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Conforme dita o artigo 11, inciso IV da Lei n° 8.429/1992 (que estabelece os atos de Improbidade Administrativa):
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No caso, as notas da prova escrita não foram divulgadas, nem durante nem depois do processo (até a data de 20 de setembro de 2016 a DPU/RJ relata que não encontro tal informação no site da UFF). Coincidentemente, a não divulgação dessas notas “ocultou” dos registros públicos desse certame que a pessoa aprovada no processo esteve ausente na prova escrita.
Perseguição e favorecimento.
O favorecimento é apenas uma das faces da violação do Princípio da Impessoalidade na Administração Pública. A outra face é a perseguição.
Essas denúncias foram levadas ao conhecimento da ANPG pelo Rodrigo Francisco dos Santos (que nos autorizou citá-lo neste artigo). Rodrigo, relata a ANPG esses eventos e a perseguição que o PPG em Física da UFF já há um ano desencadeia contra ele.
Ele é um dos candidatos prejudicados pela parcialidade do processo seletivo citado acima. Mas, esse é apenas um dos diversos episódios do calvário que este pós-graduando tem passado no último ano para tentar se formar no Instituto de Física da UFF.
Seu orientador no programa decidiu unilateralmente, abandonar sua orientação em janeiro de 2016. O PPG lhe disse que “arranjasse outro orientador” – o que é por si uma violação dos direitos dos pós-graduandos, uma vez que é responsabilidade do Programa indicar um orientador. Ele relata ainda denúncias de que eu ex-orientador teria intervindo em conversar com outros professores para lhe dificultar sua busca por outro orientador no doutorado. Posteriormente, o PPG se recusou a aceitar o orientador indicado pelo estudante – que ele após diversos meses procurando conseguiu! – e depois lhe desligou por não ter um orientador!
Rodrigo prestou o processo seletivo (esse descrito acima) para tentar uma bolsa de doutorado (curso no qual ele estava regulamento matriculado na época) de acordo com a orientação – segundo o que ele nos relatou – do próprio responsáveis pelo PPG. Como vimos, ele foi reprovado em circunstâncias muito suspeitas.
E o que faz a ANPG nisso tudo?
No dia 12 de junho de 2016 o 25° Congresso Nacional de Pós-Graduandos aprovou uma moção ao Programa de Pós-Graduação da UFF denunciando o ocultamento de documentos públicos pelo PPG de Física da UFF e requerendo o acesso a eles do doutorando, isto era um passo necessário para que ele pudesse formular sua defesa contra os indícios de fraude no processo seletivo e no processo de seu desligamento do curso de doutorado (ANEXO 1).
Em 5 de julho de 2016 a ANPG enviou um ofício ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFF. Nessa ocasião o conselho estava para analisar o pedido de recurso do doutorando contra o seu processo de desligamento (ANEXO 2).
Em 9 de dezembro de 2016 a ANPG enviou novo ofício (ANEXO 3), desta vez requeremos uma audiência com Reitor da UFF para tratar da questão. Passou-se três meses e nenhuma resposta nos foi enviada!
Cansados dos ouvidos moucos que os dirigentes da Universidade Federal Fluminense têm feito aos nossos apelos decidi publicar essas informações. Quem sabe agora possamos ser ouvidos?
Reiteramos, em um novo ofício enviado no dia 20 de março de 2017 a solicitação para que o Reitor e o Pró-Reitor de Pesquisa da UFF nos receba e, pelo menos (sic!), escute nossas demandas e deem algum encaminhamento à essa questão. Ou será que apenas indo até Justiça nós veremos alguma resposta UFF?
Nós não desistiremos.

Cristiano Junta
Vice-Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos

DOCUMENTOS ANEXOS
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Crédito: visual.hunt

No último dia 21 de dezembro, os pós-graduandos que participaram do edital 19/2016 referente ao Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior foram surpreendidos por uma mudança no calendário feito pelo Capes: o início marcado para março/2017 foi transferido para abril/2017.
Esta não é uma simples mudança de meses. Essa alteração afeta todo o planejamento dos doutorandos, que foi feito a partir de um cronograma de estudos e outras variáveis. E o Capes, ao impor, essa prorrogação, desconsiderou toda a programação feita pelos candidatos.
Em alguns casos, a alteração da data pode até mesmo impedir a pesquisa, comprometer o término do doutorado, não estar de acordo com a Instituição no exterior e modificar o planejamento pessoal do doutorando.
Com tudo isso, os Doutorandos, candidatos do PDSE, edital 19/2016, escreveram uma carta ao Capes na qual reivindicam, entre outras coisas, a revisão da última retificação no edital 19/2016, de modo que os candidatos que estavam programados para iniciar a sua pesquisa em março/2017 não sejam prejudicados.
A ANPG se posiciona a favor dos doutorandos e repercute a carta e também pede esclarecimentos ao Capes.
Leia a carta completa: doutorados_janeiro