Category

Sem categoria

Category

Não satisfeita com a resposta do MEC, a ANPG convoca os pós-graduandos para se organizarem em um protesto virtual via twitter e facebook, alertando as autoridades responsáveis pela regularização dos pagamentos.

Durante todo o dia nove de janeiro (09/01) os Pós-graduandos podem fazer postagens com a hashtag #CadeMinhaBolsa e vincular os perfis da Presidenta Dilma Roussef (@dilmabr), do Ministro da Educação Cid Gomes (@cidfgomes) e do Ministro da Fazenda Joaquim Levy (@JOAQUIMLEVY).

Sugere-se a utilização de frases relacionadas à Campanha por Mais Direitos para as Pós-Graduandas e os Pós-Graduandos, como “Valorização das Bolsas”, “Pela valorização da Ciência e dos Pesquisadores” e “Por mais direitos para as Pós-Graduandas e os Pós-Graduandos”.

Quem estiver com as bolsas em atraso pode enviar seus dados (Nome completo, Universidade, Programa de Pós-Graduação, email, telefone, modalidade da bolsa e parcelas atrasadas) para o email [email protected]. A ANPG irá compilar a lista de quem estiver com problema e apresentar ao Ministério para pressionar pelo pagamento.

Leia mais em:
ANPG cobra CAPES sobre atraso nas bolsas
MEC justifica atraso das bolsas para ANPG

G. Mostra de Ciência e Tecnologia (Versão consolidada)

G.1. A Mostra de Ciência e tecnologia será coordenada pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). Não há limites para o número de trabalhos submetidos à mostra.

G.2. Os trabalhos serão inscritos na forma de resumo expandido para apresentação em pôster, podendo ser selecionados para exposição oral em sessão coordenada. Caso o trabalho seja selecionado, os autores serão informados das regras para a sessão

G.3. Antes que o resumo seja enviado, sugerimos que os autores façam rigorosa revisão gramatical, ortográfica, de digitação, de conteúdo e dados da pesquisa, dos campos do resumo, pois não será possível corrigir o resumo após seu envio. Os dados serão publicados exatamente como enviados.

G.4. Prepare o resumo em um editor de textos, com fonte Arial, tamanho 10 e margens de 1 cm.

G.5. O resumo deve ser escrito em português e conter somente texto. Os trabalhos serão inscritos na forma de resumo expandido para apresentação em pôster, podendo a comissão organizadora convidar para exposição em sessão coordenada. Sendo que as regras de formato são diferentes e serão informadas para os autores de trabalhos aprovados, inclusive acerca do tempo para as apresentações. O estudante que apresentará em forma de pôster é o responsável pela confecção do mesmo.

G.6. O resumo não deve conter: parágrafos com recuos, espaçamentos ou tabulações; tabelas, gráficos, imagens de qualquer gênero ou fotos (esses dados podem ser colocados no pôster). Se necessário, descrever fórmulas matemáticas ou químicas por extenso.

G.7. Campos e limites do resumo:

a – Área

Consultar e selecionar uma área do conhecimento no item 9.(retirar o restante do texto desse ponto)

b – Título

200 (duzentos) caracteres no máximo (contando espaços) – escrito em negrito e letras maiúsculas (exceto em palavras estrangeiras, expressões latinas, espécies biológicas e outras especificidades)

c – Autores e orientadores

No máximo 6 autores; o orientador (quando houver) será computado como um dos autores e deverá estar incluído na lista de autores. Até 60 (sessenta) caracteres para cada nome (contando espaços).Escrever os nomes por extenso e usando caixa alta e baixa.

Não inverter os nomes, não colocar vírgula e não abreviar.

Não acrescentar titulações junto ao nome (ex.: mestre, orientador etc.) – a indicação deverá ser feita apenas no caso do orientador incluindo no campo “Instituição dos autores” (a seguir).

d – Instituição dos autores e orientadores

Podem constar no máximo 6 (seis) instituições, com até 80 (oitenta) caracteres cada (contando espaços). Neste campo constará a identificação da orientação, dentro de parênteses, em caso de suporte pedagógico

e – Introdução

No máximo 1.300 (hum mil e trezentos) caracteres (contando espaços). Descrever uma visão geral sobre o tema com definição dos objetivos do trabalho, justificativa/relevância da pesquisa.

f – Métodos

No máximo 1300 (hum mil e trezentos) caracteres (contando espaços). Descrever como o trabalho foi realizado (procedimentos, estratégias, sujeitos participantes, documentos, equipamentos, ambientes etc.) incluindo, se for o caso, a análise estatística empregada.

g – Resultados e Discussão

No máximo 5000 (cinco mil) caracteres (contando espaços). Descrição e discussão dos resultados obtidos.

h – Conclusões

No máximo 2000 (dois mil) caracteres (contando espaços). Descrever a conclusão dos autores com base nos resultados, relacionando-os aos objetivos da pesquisa.

i – Autorização legal

Se houver, informar dados da autorização legal (de comitês de ética ou órgãos ambientais), com até 150 (cento e cinquenta) caracteres (com espaços).

j – Fomento

Se houver, informar a instituição de fomento, com até 150 (cento e cinquenta) caracteres (com espaços) no final do resumo.

k – Palavras-chave

Informar 3 (três) palavras-chave, com até 60 (sessenta) caracteres cada (com espaços).
Não citar a “área do conhecimento” como palavra-chave.

G.8. A programação da mostra com dia, local e horário de apresentação será disponibilizada no portal da UNE www.une.org.br ou no hotsite da 9ª Bienal www.bienaldaune.org.br.

G.9. Os resumos serão postados no formulário de inscrição online.

G.10. A mostra de ciência e tecnologia selecionará trabalhos completos relacionados à Assistência Estudantil para discussão temática na modalidade oral, com especificidades descritas no site da ANPG e disponíveis a seguir: O trabalho completo para discussão temática deverá ter formato de artigo científico, com resumo, introdução, problemática anunciada e desenvolvida, conclusões e referências. Serão aceitos somente trabalhos submetidos no formato doc e docx. O texto enviado deverá conter no mínimo 10 e no máximo 15 páginas contando com as  referências. Especificações: Título em maiúsculo, centralizado e em negrito na primeira linha da página; Nome completo do(s) autor(es)  alinhado à direita, sem nenhum tipo de abreviação. Abaixo do nome, a vinculação institucional. E na linha seguinte seus respectivos emails. Nome do orientador por último quando houver, entre parênteses, com espaçamento simples; Após um espaçamento de 1,5 (uma linha), iniciar o resumo, com o nome RESUMO centralizado, em maiúsculo e em negrito; O resumo deverá estar em parágrafo único, justificado, contendo três palavras-chave, em espaçamento simples; Se for o caso, poderá apresentar notas de rodapé, imagens e gráficos; Fonte Times New Roman, tamanho 12; Espaçamento 1,5 cm; Margens: superior e inferior 2,5 e esquerda e direita 3,0; Alinhamento justificado; O artigo para esta área deverá atender os critérios descritos no ponto G.7 e seguir as normas atualizadas da ABNT.

G.11. Além do eixo temático sobre assistência estudantil, os trabalhos serão classificadas nas seguintes áreas:

G.11.a. Biociências;
G.11.b. Ciências exatas e da terra;
G.11.c. Ciências humanas, letras e artes;
G.11.d. Ciências da saúde;
G.11.e. Ciências sociais aplicadas;
G.11.f. Educação.

G.12. Qualquer dificuldade no processo de submissão, os autores devem escrever para ([email protected]), com o assunto: MOSTRA BIENAL – DÚVIDA.

G.13. Será emitido apenas um certificado por trabalho apresentado, no qual constará o nome do relator (apresentador do trabalho) e demais autores, quando o caso. O certificado será entregue ao relator do trabalho após a apresentação do mesmo.

Leia também:

Para inscrever seu trabalho e/ou ler o regulamento da Mostra de C&T, clique aqui

Alunos que passaram a frequentar as escolas de ensino regular apresentaram melhor desempenho nas áreas analisadas pela Apae

A criança com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor ou com diagnóstico de deficiência intelectual tem garantidos os mesmos direitos que todas as outras crianças, segundo a Doutrina Integral de Proteção, elaborada durante a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança da ONU (Organização das Nações Unidas) e aprovada no Brasil pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Essa premissa aponta para a inclusão de crianças com deficiência na rede regular de ensino público –o que tem ocorrido gradativamente no país. Esse processo, todavia, tem enfrentado algumas barreiras.

De acordo com informações publicadas no Relatório Mundial sobre a Deficiência, publicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2001, é sabido que crianças com deficiência têm menor probabilidade de iniciar suas atividades na escola, além de apresentar índices mais baixos de permanência e aprovação escolar.

Em pesquisa divulgada no relatório, a OMS identificou que “a correlação entre resultados educacionais ruins e a presença de uma deficiência é mais significativa do que a correlação entre resultados educacionais ruins e outras características como, sexo, residência em área rural e situação econômica”.

Mesmo com a legislação determinando que todas as crianças frequentem escolas regulares, há barreiras a serem quebradas. Por exemplo, os recursos limitados ou insuficientes para a garantia da educação para todos, acessibilidade física das escolas, adoção de abordagens pedagógicas flexíveis que respondam às diversas habilidades e necessidades dos estudantes, além de investimento no desenvolvimento dos professores para que deem suporte aos alunos com deficiência.

Um outro aspecto relevante é que muitas vezes crianças com deficiência são rotuladas, o que traz efeitos negativos para elas: sentimento de rejeição, preconceito e estigmas que não favorecem o desenvolvimento de um ambiente escolar inclusivo.

As atitudes negativas de professores, alunos sem deficiência e até dos próprios familiares afetam diretamente a possibilidade de construção de um ambiente favorável à educação, expondo os alunos com deficiência a algum tipo violência.

Garantir a inclusão dessas crianças na educação requer uma mudança não só no sistema escolar mas, principalmente, no ambiente em que estão sendo incluídas. Nesse cenário a família tem um papel fundamental à medida que será o indutor de mudanças.

Em 2012, a Apae de São Paulo realizou uma pesquisa com alunos que saíram da sua escola especial (fechada em 2009) –alguns foram incluídos em escolas regulares e outros mantidos em escolas especiais por opção das famílias.

Tal estudo indicou que os alunos que passaram a frequentar as escolas de ensino regular apresentaram melhor desempenho nas áreas analisadas (identidade e autonomia; socialização; comunicação e expressão), comparados com aqueles que continuaram frequentando outras instituições especializadas ou classes especiais da rede estadual.

Essa experiência fortaleceu nosso posicionamento de que a educação inclusiva é possível desde que haja intervenções no sistema educacional. Neste 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, é preciso refletir para que adotemos estratégias efetivas que garantam esse direito de forma responsável.

ARACÉLIA LÚCIA COSTA é superintendente da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de São Paulo

Fonte: Folha de S. Paulo

Gabriel NascimentoGraduado em Letras Inglês Português pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), na Bahia. Mestrando em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasília (UnB). Foi professor de Língua Inglesa do Colégio São José da Ação Fraternal de Itabuna e do Colégio Estadual Maria de Lourdes Veloso, em Itabuna. Foi ainda técnico universitário concursado do quadro permanente da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), atuando na secretaria do Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS). Também atuou como bolsista CNPq (por 3 anos) e assistente no Centro de ensino de Português como Língua Estrangeira, coordenado pela profª. Dra. Maria D’Ajuda Alomba Ribeiro. Tem artigos publicados em periódicos, jornais de notícias e três crônicas publicadas na 4ed. da Antologia do Concurso Literário Bahia de Todas as Letras pela Editus- Via Litterarum em Ilhéus-BA. Tradutor e revisor freelancer. Poeta e cronista. Foi Coordenador-geral do Centro Acadêmico de Letras Prof. Ruy Póvoas da UESC durante duas gestões e fundador do Grapiúba- o jornal dos alunos de Letras da UESC, além do Círculo de Estudos Linguísticos e Literários, ambos vinculados ao corpo docente e discente da UESC. Compõe o grupo de pesquisa: “Linguagem e Perspectiva Multicultural no Ensino dos Conectivos e Marcadores no Discurso Escrito de Hispano-Falantes Aprendizes de Português como Língua Estrangeira”. Tem interesse na área de Linguística, com ênfase em Linguística Aplicada e Sociolinguística, atuando principalmente nos seguintes temas: Ensino/aprendizagem de Língua Materna e Ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira (LE) e Português como Língua Estrangeira. (PLE). Músico clarinetista e compositor de algumas peças musicais. Atualmente atua como Editor chefe da Revista Desempenho, a Revista dos discentes da Pós-graduação em Linguística Aplicada da UnB.

Currículo Lattes

DalmareGraduando em Farmácia pela Universidade Federal de Sergipe UFS desde 2007, fez parte do Centro Acadêmico de Farmácia CAFAR como Coordenador Geral (gestão 2008-2009 e 2010-2011) e Diretor de Políticas, Intercâmbio e Relações Estudantis (gestão 2011-2012), Monitor da disciplina de Assistência Farmacêutica e Introdução a Farmácia, no primeiro período de 2009. Ocupou a Coordenação de Educação da Executiva Nacional de Estudantes de Farmácia – ENEFAR, gestão 2010-2011. Foi vinculado ao Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social LEPFS coordenado pelos Professores Dr. Wellington Barros da Silva e Dr. Divaldo Pereira de Lyra Jr até o ano de 2011. Em 2012 foi Consultor OPAS/OMS no Departamento de Assistência Farmacêutica/SCTIE/MS. Atualmente é Residente Multiprofissional em Saúde Mental, Membro Suplente da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde, Conselheiro Suplente do Conselho Nacional de Saúde e Diretor de Saúde da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG).

HoritaGraduado em Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília/UNIVEM (2008-2012). Especialista em Formação de Professores para Educação Superior Jurídica na Universidade Anhanguera UNIDERP de Campo Grande/MS (2013-2014). Mestrando em Direito no Centro Universitário Eurípides de Marília, com linha de concentração em Teoria do Direito e do Estado (2013-2015), no qual é bolsista PROSUP/CAPES (modalidade 2). Membro Associado do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito/CONPEDI. Diretor de Relações Públicas Internacionais da Federação Nacional dos Pós-Graduandos em Direito/FEPODI (Gestão 2013-2015). Diretor de Direitos dos Pós-Graduandos da Associação Nacional de Pós-Graduandos/ANPG (2014/2015). Secretário Geral e Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa Direito e Fraternidade/GEP e do Grupo Reflexões sobre o Ensino Jurídico Brasileiro, ambos cadastrados no CNPq. Pesquisador. Parecerista Educacional Jurídico. Monitor de Direito Civil I. Seus principais interesses teóricos quanto na Docência como na Ciência Jurídica são: Teoria do Direito e do Estado com ênfase em Direitos Difusos e Coletivos; Educação Jurídica, Metodologia da Pesquisa Jurídica e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

herciliaDoutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Pernambuco. Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Pernambuco. Especialização em Residência no Programa Multiprofissional em Saúde da Família, na Universidade Federal de Pernambuco. Graduação em Licenciatura Plena em Educação Física, na Universidade Federal de Pernambuco. Participação nos Projetos de Extensão da Universidade Federal de Pernambuco “PRO-NIDE” e “Os pirráias da UFPE: não quero moedas, quero dignidade”. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação, Educação Física Adaptada e Saúde da Família.

Currículo Lattes.

Cristiano JuntaNasceu em 1982, em Ribeirão Preto-SP. Formou-se Bacharel em Ciências Sociais pela UFSCar em 2004, Mestre em Filosofia pela UFSCar em 2008 e doutor em Filosofia pela UFRGS em 2014. Estudioso das áreas de Filosofia da Ciência, interessa-se em particular pela discussão sobre metodologia científica, progresso na ciência e suas interfaces com a filosofia da mente. Como atuante no movimento estudantil foi diretor do DCE Livre UFSCar (2001-2002), coordenador geral da APG-UFSCar (2005-2007) e da APG-UFRGS (2011-2013). Na ANPG já foi Vice-Presidente Sul (2012-13) e atualmente é o Vice-Presidente da entidade.

Currículo Lattes.

No próximo dia 26 de outubro ocorrerá o segundo turno das eleições presidenciais. Dois projetos para o Brasil estão em pauta. Um é representado pela candidata à reeleição Dilma Rousseff enquanto o outro é representado pelo senador Aécio Neves. A partir dessa polarização, que se repete desde a redemocratização, acreditamos que não é prudente ficar indiferentes, uma vez que os setores conservadores se organizam e se mobilizam ao redor de uma candidatura, a de Aécio, para tentar assumir outra vez o poder.

O último período foi marcado por grandes vitórias do movimento estudantil. Conquistamos o novo Plano Nacional de Educação que prevê até 2020 a erradicação do analfabetismo, a universalização do acesso à creche e a expansão de vagas no ensino técnico, superior de graduação e pós graduação, com a predominância do caráter público. As metas do PNE são um instrumento de transformação da nossa educação. Para alcançá-las, garantimos, derrotando os interesses conservadores, a destinação dos 10% do PIB para educação como a meta central que será viabilizada a partir de outra grande vitória que conquistamos nas ruas em junho com a vinculação dos royalties do petróleo e metade do Fundo Social do Pré-Sal para a educação pública, sancionados pela presidenta Dilma.

As e os estudantes foram protagonistas nas recentes mudanças, ocupando as ruas, escolas e universidades. Temos a perspectiva de que podemos avançar ainda mais. Por isso temos um objetivo: dizer não ao retrocesso e apontarmos as transformações que queremos para o futuro.

Os avanços obtidos nas políticas educacionais nos últimos anos estão em risco com o atual cenário de crise internacional. A candidatura de Aécio Neves reproduz o discurso de austeridade e ajuste fiscal para combater a crise, levada ao cabo na era FHC por Armínio Fraga e companhia. A lógica neoliberal em cenário de crise já se mostrou um grande equívoco no passado, onde os rombos econômicos sempre foram pagos com a verba destinada para a educação. Hoje esse mesmo raciocínio se encontra presente em estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná, no qual os respectivos governos estaduais dirigidos pelo PSDB, assumem um papel de esvaziamento de políticas públicas para privilegiar interesses privados, como é o caso do aeroporto mineiro para atender famílias, a falta d’água paulista, principalmente para os mais pobres, e o nítido sucateamento da educação pública seja na criminalização dos professores, na ausência de concursos públicos para o setor, na implementação de salários dos professores abaixo do piso, na ausência do repasse estadual para os municípios, ou na diminuição das vagas do ensino técnico. Esse não deve ser o caminho para o Brasil.

O discurso de combate a inflação, ora em voga, não pode ser um instrumento dos rentistas para garantir seus lucros a partir do desemprego, juros altos e uma política de austeridade. Essa ideia não serve aos e as estudantes, é necessário romper com esses fundamentos neoliberais. Para nós, a inflação se combate com mais desenvolvimento, garantindo emprego e renda a classe trabalhadora, com mais oportunidade para a juventude a fim de que se abra um ciclo virtuoso de desenvolvimento social e humano em nosso país.

As manifestações de junho mostram que a juventude quer ter mais protagonismo e participação social. Precisamos abrir um novo ciclo histórico guiado pela vontade popular. Para isso é necessário uma reforma política que amplie a nossa democracia e combata a corrupção, a qual tem a sua raiz localizada principalmente no financiamento privado de empresas em campanhas eleitorais.

O Plebiscito popular pela constituinte exclusiva e soberana pela Reforma Política, que mobilizou mais de sete milhões de votantes, demostrou a necessidade e o apelo pela superação do atual sistema político. A urgência da reforma política ficou ainda mais evidente mediante o resultado das eleições no primeiro turno, onde o poder econômico e os setores conservadores ampliaram a influência no Congresso Nacional. Somente com uma mudança profunda no sistema político conseguiremos reposicionar a disputa eleitoral com o objetivo de diminuir a influência do capital e colocar o debate de ideias e projetos de país no centro da pauta e do processo eleitoral. Assim, podemos combater a sub-representatividade que trabalhadores/as, jovens, mulheres, homossexuais, negros/as e índios encontram no Congresso. Soma-se a isso o papel que os meios de comunicação assumem ao transmitir a informação de forma parcial e tendenciosa, sendo a voz das camadas conservadoras e, assim, impedindo avanços estratégicos para a nossa sociedade.

O rumo de nossa democracia está em disputa. Nós estamos do lado daqueles e daquelas que acreditam que um país mais democrático se faz a partir da força de nossa gente, no papel dos/as estudantes, trabalhadores e trabalhadoras em concretizar um Brasil mais justo. O movimento estudantil tem um sentimento de que é necessário nos desvencilhar dos velhos obstáculos que impedem o avanço da nossa democracia. É preciso romper com os setores conservadores e oligárquicos que ainda ainda flertam com o autoritarismo, como foi a derrota de Sarney no Maranhão. Do mesmo modo, é fundamental realizar as reformas estruturais a fim de que se abra uma nova perspectiva de Brasil como a reforma política, a democratização e regulamentação dos meios de comunicação, a reforma agrária popular, a reforma tributária a fim de que taxe as grandes fortunas e a reforma urbana que possibilite usufruir melhor as cidades com acesso a cultura e esporte e a garantia do passe livre.

É com esse sentimento, cada vez mais exigente, que iremos ocupar as ruas para seguir na luta pela conquista de mais direitos e em defesa de nossas riquezas naturais. Durante toda a nossa história – do pau brasil ao café e à borracha – nossos recursos foram sequestrados em favor dos interesses estrangeiros. Essa política entreguista inviabilizou o nosso desenvolvimento por décadas. Com a descoberta de petróleo na camada Pré-Sal essa mesma possibilidade se apresentou. Nesse sentido, o movimento estudantil teve um papel fundamental em derrotar essa lógica ao conquistar a vinculação dessas riquezas para a educação. A partir desses recursos podemos construir um novo futuro mais próspero para a juventude. Porém, apesar do avanço com o novo marco regulatório do petróleo que potencializa o papel da Petrobras como operadora única dos poços de petróleo, precisamos continuar na luta para barrar os leilões dos campos da camada pré-sal.

A eleição de Aécio Neves representa a volta dos interesses mais conservadores e entreguistas que privilegia os interesses dos banqueiros e do FMI. Nós não podemos voltar a esse tempo em que o povo era subestimado para privilegiar uma pequena elite, não podemos voltar ao tempo em que as mulheres não eram vistas como protagonistas das transformações e avanços do país, em que o povo negro era alijado e marginalizado, um período em que a juventude era enxergada meramente como uma fase problemática da vida.

Nessa disputa polarizada a neutralidade não é uma opção para nós: o poder não aceita vacância. Por isso nos posicionamos ao lado daquela que melhor representa os anseios populares e as ideias mais avançadas. Estamos com Dilma Rousseff porque acreditamos no Brasil e, principalmente, na força do nosso povo.

Associação Nacional dos Pós-graduandos – ANPG
União Nacional dos Estudantes – UNE
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES

14 de outubro de 2014