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Gabriel Nascimento

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Em nota, agência promete restabelecer normalidade no programa

A crescente preocupação dos pós-graduandos e pós-graduandas sobre a não renovação do Ciências Sem Fronteiras nos últimos dias fez com que a ANPG e a Capes pudessem dialogar no sentido de restabelecer a normalidade no programa.
A pressão da ANPG e dos pós-graduandos surtiu efeito e a Capes, embora negue congelamento das bolsas, promete sentar e dialogar o destino das bolsas no exterior com a ANPG e com os pós-graduandos brasileiros.
Segundo a Capes, “apenas 22 (3%) não obtiveram a recomendação de renovação da bolsa pelos consultores e entraram com pedido de reconsideração. Seis tiveram sua renovação aprovada e outros 15 encontram-se em análise de mérito, tendo sido mantida a negativa de apenas um candidato, até o momento”.
No entanto, a Capes promete corrigir problemas que tenham causado estranheza e pontua que mantém o diálogo aberto com a ANPG no sentido de dialogar sobre o não prejuízo aos pós-graduandos.
“A Agência informa que serão revistos alguns procedimentos que podem ter causado estranheza aos bolsistas. A Presidência da Capes também está em contato com a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), que mantém assento no Conselho Superior da Capes, para explicar que não existem “medidas autoritárias” na condução dos programas de bolsas no exterior. A Capes reitera sua disposição de garantir todas as condições aos bolsistas no exterior para que concluam seus estudos com sucesso”, conclui a nota.
 
Leia a nota na íntegra
Esclarecimento sobre bolsas no exterior
A Capes esclarece que não há cortes de bolsas. Atualmente, a Capes mantém 13.737 bolsistas no exterior nas diversas modalidades. Desses, 11.810 são do programa Ciência sem Fronteiras e 1.927 dos Programas Tradicionais. Ao todo, a Capes possui 2.057 bolsistas de Doutorado Pleno.
Existem dois procedimentos no âmbito do Doutorado Pleno previstos em regulamento, no que diz respeito à duração da bolsa: renovação – refere-se a novo período de concessão, condicionado a análise de mérito, dentro do tempo de duração total de bolsa, conforme número de mensalidades informadas na Carta de Concessão; eprorrogação – tempo de permanência no exterior autorizado pela Capes para além do período descrito na Carta de Concessão, mediante mérito acadêmico e parecer da instituição onde será realizada a pós-graduação.
Renovação
Em 2016, 715 bolsistas submeteram pedidos de renovação de bolsa. Deste universo, apenas 22 (3%) não obtiveram a recomendação de renovação da bolsa pelos consultores e entraram com pedido de reconsideração. Seis tiveram sua renovação aprovada e outros 15 encontram-se em análise de mérito, tendo sido mantida a negativa de apenas um candidato, até o momento.
Prorrogação
Os bolsistas de doutorado pleno indicam no Formulário de inscrição o período que desejam receber a bolsa. O período é concedido com base na Carta de Aceite da universidade estrangeira. O aluno recebe uma Carta de Concessão com o período da bolsa e, a partir disso, ele assina Termo de Compromisso em que ele concorda em retornar ao Brasil 30 dias após o término da bolsa com a devida conclusão dos trabalhos propostos inicialmente. Atualmente, 377 bolsistas podem solicitar prorrogação da bolsa à Capes.
A Agência informa que serão revistos alguns procedimentos que podem ter causado estranheza aos bolsistas. A Presidência da Capes também está em contato com a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), que mantém assento no Conselho Superior da Capes, para explicar que não existem “medidas autoritárias” na condução dos programas de bolsas no exterior. A Capes reitera sua disposição de garantir todas as condições aos bolsistas no exterior para que concluam seus estudos com sucesso.
Da redação 

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Há meses a Capes não tem respondido ou tem negado pedidos de renovação de bolsas do programa Ciências sem Fronteiras. Em contato com a ANPG, estudantes de vários países denunciam a falta de compromisso da Capes em renovar suas bolsas.
Leia a carta na íntegra AQUI
Para Daniela Duarte, bolsista do CsF, a Capes descumpre o prometido em edital.
“Eles justificam que devido aos cortes orçamentários eles não estão renovando os últimos 12 meses. No edital inicial falavam em 36 meses prorrogáveis por mais 12 meses, e esses 12 agora não estão nem sendo julgados. Eles negam e pronto”, afirma.
A Capes, por sua vez, lançou uma polêmica portaria em que promete suspender a bolsa no exterior a qualquer momento. Veja a portaria AQUI 
A presidenta reeleita da ANPG, Tamara Naiz, se diz chocada e promete reagir. “Vamos reagir nas ruas, ocupando a Capes e onde tivermos que ocupar. Agora mesmo na SBPC devemos reagir a essas medidas autoritárias”, avisa.
“Os conselheiros da ANPG nos conselhos da Capes, nossos diretores nas regiões e estados do Brasil e a nossa base estão devidamente mobilizadas para cumprir o que aprovamos em nosso congresso, nenhum passo atrás no investimento em ciência”, continua.
 
Da redação 

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Tamara Naiz defende mais investimentos na área e teme retrocesso secular

 
A presidenta da Associação Nacional de Pós-graduandos, que havia declarado o perigo de um governo Temer para a ciência, tecnologia e inovação no Brasil, se diz assustada com a decisão do vice-presidente, agora presidente interino, de fundir o ministério da Ciência e Tecnologia com o ministério da Comunicação.
“O MCTI tem um papel estratégico desde a redemocratização do Brasil. É filho da nova democracia, da necessidade de pensar estrategicamente a geração de quadros tecnológicos para alavancar a ciência brasileira”, avalia Tamara.
Para a presidenta da ANPG, trata-se de um retrocesso de mais de 50 anos, pois a política de ciência e tecnologia avançou muito nas últimas décadas a ponto do Brasil avançar mais de 50 anos na produção científica e tecnológica.
“Embora o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação não tenha 50 anos, o Brasil avançou em 50 anos na ciência, tecnologia e inovação. Claro que também por causa do empenho dos pesquisadores brasileiros, entre eles os pós-graduandos, aqueles que produzem mais de 90% das pesquisas em andamento no país. Porém, a fundição do MCTI com o da Comunicação coloca em risco o investimento da área porque confunde duas pastas totalmente distintas, com reservas e projetos absolutamente distintos, e compromete o investimento já em andamento em áreas estratégicas”, diz Tamara.
Uma das primeiras decisões do governo Temer, que Tamara avalia como “ilegítimo e antidemocrático”, porque, segundo ela, “chegou ao poder não pelo voto popular, mas por um golpe”, foi diminuir a quantidade de ministérios, transformando os dois ministérios em um só.
E Tamara adverte: “Nós, pós-graduandos, vamos resistir”.
Da redação 

Publicado originalmente no Jornal Pensar a Educação em Pauta

A recente aprovação do projeto de lei conhecido como Escola Livre, pela Assembleia Legislativa de Alagoas, gerou certo desconforto entre aqueles que defendem a democracia e, principalmente, o caráter plural da educação. Entretanto, os legisladores alagoanos avaliaram a medida como relevante, já que consideram a escola, especialmente a pública, como um ambiente propício para os mais diversos tipos de doutrinamento, sejam eles políticos, ideológicos ou religiosos.

Esta celeuma ressuscita uma discussão que ganhou notoriedade a partir do Iluminismo e tem pautado o pensamento educativo desde então: a educação, compreendida como um direito de todos e de todas, deve contribuir com a democracia? A literatura especializada tem afirmado que sim; entretanto, do discurso para a realidade há um fosso a ser ultrapassado. É o que identifica Adorno, no livro intitulado Educação e emancipação, quando afirma que a educação prometeu conduzir a humanidade para a civilização, mas o que se tem visto é a barbárie.

Quais são os traços de uma sociedade que caminha para a barbárie? Autoritarismo; individualismo exacerbado (narcisismo); opressão; degradação econômica e social; restrição do espírito reflexivo e autônomo; incentivo à competição entre os indivíduos; o medo; a inclinação humana de avaliar que a técnica é um fim em si mesmo; a incapacidade individual de amar, fazendo com que as pessoas se tornem frias. Para Adorno, a barbárie encontra-se no próprio processo civilizatório.

É neste contexto que causa preocupação o avanço de uma agenda antidemocrática no debate educativo brasileiro. A ideia central desta pauta tem como matriz o projeto conhecido pelo nome de Escola sem partido. Surgido em 2004, como reação ao que os idealizadores entendem por fenômeno da instrumentalização do ensino para fins político-ideológicos, partidários e eleitorais, esse vírus antidemocrático tem como principal articulador o advogado Miguel Nagib, cuja iniciativa avança e ganha simpatia, já existindo projetos de lei em andamento em sete estados (RJ, GO, SP, ES, CE, RS, PA) e no Distrito Federal. Há, na Câmara dos Deputados, projetos de lei que caminham para a mesma direção – o de nº 6314/2005, de autoria do deputado Takayama (PSC/PR), e o de nº 867/2015, de autoria do Deputado Federal Izalci (PSDB/DF).

O que diz o projeto Escola sem partido?

É uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior. A pretexto de transmitir aos alunos uma ‘visão crítica’ da realidade, um exército organizado de militantes travestidos de professores prevalece-se da liberdade de cátedra e da cortina de segredo das salas de aula para impingir-lhes a sua própria visão de mundo.

E o que seus redatores buscam?

1) Lutar pela descontaminação e desmonopolização política e ideológica das escolas;

2) Lutar pelo respeito à integridade intelectual e moral dos estudantes;

3) Lutar pelo respeito ao direito dos pais de dar aos seus filhos a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.

Ora, para os defensores da Escola sem partido, o professor não é um educador, mas um doutrinador subversivo, infiltrado nas escolas com o fim único de disseminar sua ideologia. Para eles, formar cidadãos críticos se traduz por “fazer a cabeça” dos alunos. Por outro lado, o sentido desta ideia depõe contra o espírito plural que uma sociedade democrática tanto requer.

Caso esse projeto torne-se hegemônico em nosso país, os professores terão a liberdade de expressão e profissional tolhidas. Além disso, a ideia central da Escola sem partido é falaciosa, já que inexistem pesquisas, de ordem epistemológica, que comprovem a afirmação de que haja doutrinação ideológica nas escolas brasileiras. Porém, os adeptos do projeto usam o argumento de que há uma doutrinação ideológica nas escolas e universidades brasileiras para impor a ideologia que os professores entendem como a correta, tendo como critério de seleção sabe-se lá de quê. Abordam que as escolas ensinam valores morais que põem em risco os que são ensinados pela família brasileira, como se existisse apenas um padrão familiar em nosso país.

Os defensores do Escola sem partido também demonstram desconhecer a Constituição Federal e legislação educacional brasileira – LDB, PCN’s, Diretrizes curriculares, etc. – que normatizam os conteúdos que devem ser ministrados em todos os níveis da educação formal em nosso país, como também os objetivos que a educação deve cumprir. Mais do que isso, desconhecem o caráter de um regime democrático, que se manifesta na liberdade de expressão e na pluralidade de ideias, para que o aluno, ao deixar a escola, tenha conhecimento de variadas e diversas opções e possa seguir o seu caminho de maneira ética, autônoma e cidadã.

Em suma, iniciativas legais como as citadas aqui não colaboram com o fortalecimento da democracia. Pelo contrário, abre-se mais espaço para a construção de uma sociedade baseada no pensamento único, que não valoriza a pluralidade de ideias e, por conseguinte, ajude a construir uma sociedade autoritária. Ou, ainda, um modelo educacional em que o professor tenha que medir suas palavras, ocultar sua opinião, sua experiência política e social por medo de parecer “invasivo” aos olhos das famílias.

Adorno, em meados do século passado, já nos alertava para o fato de que “desbarbarizar tornou-se a questão mais urgente da educação hoje em dia.” Educar contra a barbárie é a tarefa fundamental quando se pensa em educação. Educar contra a barbárie é, em última instância, fortalecer a democracia.

Prof. Christian Lindberg L. do Nascimento – Doutor em Filosofia da Educação – Grupo de Ética e Filosofia Política – Universidade Federal de Sergipe

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Presidenta da ANPG, ladeada de representantes do Conselho Nacional de Juventude e de parlamentares

Em dia histórico, a ANPG e as demais entidades de juventude que compõem o Conselho Nacional de juventude ocuparam, na tarde de ontem (04) o salão negro do Senado Federal.
Os jovens, entre elas a presidenta da ANPG, Tamara Naiz, participavam do Ciclo de Debates  “A Democracia e Direitos Humanos”, com foco no legado das Políticas Públicas para as Mulheres, Juventude e em prol da Igualdade Racial”, requerido pelo Senador Paulo Paim (PT-RS) quando resolveram ocupar o salão negro em manifestação pacífica contra o golpe e em defesa da democracia.
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Na foto, a presidenta da ANPG ladeada pelos demais membros do Conselho Nacional de Juventude e do Senador Lindberg Farias (PT-RJ)

Palavras de ordem como “Não vai ter golpe”, “Fascistas, Fascistas, Não passarão” foram ouvidas durante toda a tarde. Porém, como relata a presidenta da ANPG em vídeo (veja AQUI), houve tentativa clara de cercear e violentar o grupo que protestava pacificamente. Ainda no vídeo, Tamara Naiz afirma que impeachment, sem crime de responsabilidade, é golpe.
Campanha virtual da ANPG contra o golpe
Campanha virtual da ANPG contra o golpe

 
A posição da ANPG contra o golpe se baseia nas decisões do 40º Conselho Nacional de Associações de Pós-graduandos, realizado em novembro passado em Fortaleza, quando entidades (APGs, Comissões Pró-APG e outras) se manifestaram contra a tentativa de golpe em andamento no país. A decisão também é referendada pela diretoria plena da ANPG.
 
A presidenta da ANPG, Tamara Naiz, tem sido enfática ao colocar o perigo de um governo ilegítimo para a democracia e para a ciência brasileira. Para Tamara, os mesmos atores que desmontaram a educação superior na década de 90 são os que tentam dar um golpe no país, e isso pode representar um desmonta da área de pesquisa no país.

Leitura da moção durante Aula Magna inaugural
Leitura da moção durante Aula Magna inaugural

Ontem (07), durante Aula Magna Inaugural Conjunta dos Programas de Pós-Graduação em Educação de Belo Horizonte (UFMG, UEMG, PUC MINAS e CEFET), pós-graduandos entregaram Moção de Repúdio à suspensão do SAC da Capes ao Prof. Dr. Romualdo Portela (Professor da Faculdade de Educação da USP e coordenador da área de Educação da CAPES).

Segue a moção abaixo na íntegra:

MOÇÃO DE REPÚDIO AO RECOLHIMENTO DE BOLSAS DE PESQUISA DE PÓS-GRADUAÇÃO PELA CAPES

Nós, pesquisadoras e pesquisadores dos Programas de pós-graduação em Educação de Belo Horizonte, Minas Gerais, manifestamos repúdio às ações que ferem à democracia e enfraquecem a Educação brasileira. Vivenciamos um momento de instabilidade política em que severas restrições e cortes orçamentários são realizados de forma indiscriminada e arbitrária pelo Governo Federal, colocando em risco o desenvolvimento das pesquisas e o funcionamento dos programas de pós-graduação (PPBs) no Brasil. No dia 30 de março, em edição extraordinária do Diário Oficial da União, um novo corte orçamentário na ordem de R$ 21,2 bilhões foi anunciado pelo Governo Federal. O ajuste fiscal totaliza o valor de R$ 44,6 bilhões, objetivando o alcance da meta fiscal de 2016 e a garantia do superavit primário, o que acarreta em mais redução de recursos financeiros ao campo da educação. De acordo com as informações do Ministério do Planejamento, o orçamento financeiro da educação, nos três primeiros meses desse ano, já foi reduzido ao equivalente à R$ 6,4 bilhões. Em meio a esse cenário de cortes, entre outras, uma preocupação atinge aos alunos dos Programas de Pós-Graduação no Brasil. No dia posterior ao anúncio do novo corte orçamentário, 31/03/2016, a CAPES encaminhou aos PPGs um Ofício, remetido pela Diretoria de Programas e Bolsas no País, que informava, sem qualquer consulta prévia, a “suspensão temporária”, durante os meses de abril e maio, do cadastramento de novos bolsistas, em cotas já pertencentes aos Programas, mas não utilizadas, em seus sistema (SAC) Ignorando que os meses de março e abril constituem período de exclusão e inclusão de bolsista, e, portanto de fluxo, na plataforma, a CAPES classificou qualquer bolsa não preenchida nesse período como ‘ociosa’. Tal ação resultou no bloqueio de aproximadamente 7 mil bolsas que já estavam concedidas aos Programas de Pós-Graduação. Importantes entidades manifestaram-se contra o ofício, como: a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES). Tais representações buscam esclarecimentos quanto à concepção de ‘ociosidade’ adotada pela CAPES e à relação existente entre o “congelamento” das bolsas e as atuais crises política e financeira pelas quais o país tem passado. Cabe destacar que o corte dessas 7 mil bolsas afeta diretamente a permanência de vários alunos em seus cursos de mestrado e doutorado e, diante dessa realidade, não podemos nos calar: Bolsa é direito! Nesse sentido, apresentamos e assinamos a presente moção de repúdio manifestando nossa indignação aos ataques à Educação Pública e requerendo providências quanto à devolução das bolsas recolhidas do âmbito dos Programas de Pós-Graduação pela CAPES e à ampliação do orçamento para o funcionamento e manutenção dos PPGs no Brasil.


Da redação

 

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08/04/2016 – Em nota, APG da UFJF repudia o corte de bolsas

04/04/2016 – “Não aceitaremos nenhum corte nas bolsas!”, diz presidenta da ANPG

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Pós-graduandos e a diretoria reunidos

Em nota, Associação de Pós-graduandos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) repudia o bloqueio de mais de 7 mil bolsas oferecidas da Capes.
Veja a nota na íntegra
Em função do anúncio de bloqueio de mais de 7 mil bolsas oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em todo o país na última semana, a Associação de Pós-Graduandos da UFJF (APG UFJF) compreende a necessidade de vir a público para afirmar a sua solidariedade em relação aos colegas que atingidos pela medida.
Não há dúvidas sobre nocividade de tal política, considerando-se a importância das bolsas para a sobrevivência de inúmeros estudantes de pós-graduação pelo Brasil que possuem apenas esta fonte de renda – a qual ainda é tratada na realidade da ciência brasileira como custeio de despesas de pesquisa.
Na UFJF, segundo informações preliminares, foram bloqueadas 31 bolsas de mestrado, quatro de doutorado e seis de pós-doutorado. Até o momento, é impossível prever o impacto dos cortes tendo em vista que as manifestações contra a redução dos recursos ainda estão em andamento. Neste sentido, a Associação Nacional dos Pós-Graduando (ANPG) tem se mobilizado para que as devidas providências sejam tomadas e os estudantes voltem a ser cadastrados na plataforma.
Não podemos mais conviver com a falta de garantias que perpassa a atividade de pesquisa, levando-se em consideração o altíssimo grau de incerteza que permeia a distribuição de recursos para a Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação – situação esta que atinge indubitavelmente a qualidade dos programas e os resultados de nossa produção científica.
Acreditamos que todos os estudantes devem unificar as pautas para buscar condições satisfatórias de atuação no campo científico – algo que implica diminuir  imprevisibilidades como este desafio que se apresenta.
Associação de Pós-Graduandos da UFJF
APG UFJF

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A ANPG entrou em contato, durante esses dois dias, com deputados da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Pós-graduação, Ciência e Tecnologia. O contato se deu devido à suspensão do SAC da Capes para bolsas que estavam ociosas, segundo comunicado da agência. 
A suspensão do SAC da Capes para essas bolsas prejudicará 7 mil pós-graduandos. Entenda o caso aqui.
A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Pós-graduação, Ciência Tecnologia foi uma conquista da ANPG e dos pós-graduandos brasileiros e foi formada em agosto passado durante a Caravana à Brasília por mais direitos em abril do ano passado.
Presidida pelo Deputado Federal Davidson Magalhães (PC do B-BA), a Frente Parlamentar vai pressionar o MEC e a Capes contra a suspensão do SAC da Capes para concessão de bolsas que, supostamente, estavam ociosas. Para o deputado é preciso marcar uma agenda com o MEC e a ANPG a fim de cobrar uma posição do MEC e resolver a situação.
Em contato com a ANPG, a Deputada Federal Alice Portugal (PC do B-BA), que é membro da Comissão de Educação e da Frente, promete mobilizar deputados de diversos partidos para cobrar posição do MEC que evite o prejuízo a 7 mil bolsistas que não receberão bolsa por causa da suspensão do SAC da Capes. No entanto, como explica a deputada, nenhuma convocação oficial ao MEC e à Capes através da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados pode ser feita porque as atividades da comissão estão suspensas devido ao rito especial da Câmara dos Deputados.
A ANPG tem tentado, há mais de um mês, uma reunião com o MEC para discutir uma série de pautas do interesse dos pós-graduandos. Porém, a agenda ainda não foi atendida. A presidenta da ANPG, Tamara Naiz, pautou a dificuldade do contexto em que estamos vivendo na penúltima reunião do Conselho Superior da Capes e pautou que bolsas não fossem cortadas. Assinalou que as bolsas devem ser prioridade e que os pós-graduandos não aceitarão nenhum corte. Há movimentações em diversas universidades brasileiras e na internet. Diversos pós-graduandos e APGs têm se manifestado e uma mobilização nacional contra a suspensão do SAC está sendo pensada.
Leia também:
“Não aceitaremos nenhum corte nas bolsas!”, diz presidenta da ANPG
CAPES: Nota de esclarecimento: bolsas no país
01/04/2016 – ANPG cobra CAPES sobre corte nas bolsas

 

Foto: Brasil 247

Além da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), mais de 10 associações e sociedades científicas se manifestam contra o golpe, ressaltando a importância do fortalecimento da democracia no contexto atual no Brasil.
É o caso da Associação Brasileira de Linguística, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo, Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, Associação Brasileira de Antropologia, Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional, Associação Brasileira de Linguística Aplicada do Brasil.
Algumas sociedades e associações defenderam o Estado de direito, chamando atenção para o perigo de investigações seletivas. É o caso da Associação Brasileira de Linguística Aplicada do Brasil que analisa, a partir do seu campo de conhecimento, que as investigações seletivas dor parte do judiciário incitam ao golpe.
 
Outra associação que vê implicação de golpe no contexto atual é a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação que, enquanto entidade que representa a pesquisa avançada  educação, sinaliza para a tentativa de golpe institucional.
A Associação Brasileira de Antropologia chama atenção para o perigo de autoritarismo que o contexto de golpe e ataque às instituições democráticas pode provocar.
 
A ANPG e a SBPC foram as primeiras entidades científicas a se manifestar contra o golpe e em defesa da democracia.
Veja a seguir as notas e cartas de alumas entidades científicas:
Associação Brasileira de Linguística 
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo
Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação
Associação Nacional de História 
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, Associação Brasileira de Antropologia
 Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais
Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional
Associação Nacional de Linguística Aplicada do Brasil
 
Veja a posição da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência:
SBPC publica manifesto pelo fortalecimento da democracia
Veja a posição da ANPG:
CARTA DE FORTALEZA: EM DEFESA DA DEMOCRACIA

Veja mais sobre o 24 CNPG

Matérias da cobertura jornalística do Congresso:

Matérias publicadas antes do Congresso:

Confira a programação atualizada do 24º CNPG
29/04/2014 – Todos os trabalhos da Mostra Científica do 24º CNPG
28/04/2014 – Passo a passo para o 24º Congresso Nacional de Pós-Graduandos
24/04/2014 – Veja a lista de delegados credenciados para o 24º CNPG
24/04/2014 – Confira as novidades da programação do 24º CNPG
22/04/2014 – Trabalhos aprovados para a Mostra Científica do 24º CNPG
17/04/2014 – Documento de Direitos dos Pós-Graduandos será documento base do 24º CNPG
16/04/2014 – Ministro da Educação está entre as presenças confirmadas no 24º CNPG
15/04/2014 – Cadastrados 100 processos eleitorais para o 24º CNPG
08/04/2014 – Destaques na programação do XXIV CNPG
07/04/2014 – Prorrogados os prazos da Mostra Científica do 24º CNPG
04/04/2014 – XXIV CNPG: Prorrogado o prazo para as eleições de delegados na modalidade EAD
03/04/2014 – Credenciamento para o XXIV Congresso Nacional de Pós-Graduandos
01/04/2014 – Ministro de C,T&I  e Diretor da Capes participarão do 24º CNPG
21/03/2014 – Atenção para os prazos de eleição de delegados para o 24º CNPG
11/03/2014 – Inscreva seu trabalho na Mostra Científica do 24º CNPG
25/03/2014- ANPG convida a todos para o 24º CNPG

Boletins Especiais

24º Congresso Nacional de Pós-Graduandos – Boletim Especial nº4
Publicação: 16 de abril de 2014
24º Congresso Nacional de Pós-Graduandos – Boletim Especial nº3
Publicação: 
09 de abril de 2014
24º Congresso Nacional de Pós-Graduandos – Boletim Especial nº2
Publicação: 04 de abril de 2014
24º Congresso Nacional de Pós-Graduandos – Boletim Especial nº1
Publicação: 26 de março de 2014